O que realmente o IDR (Interruptor Diferencial Residual) faz?
O IDR mede a corrente elétrica, especificamente a diferença de corrente entre os condutores de fase e o condutor neutro.
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Quando tudo está funcionando corretamente, a corrente que sai pela fase deve retornar integralmente pelo neutro.
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Se houver qualquer fuga de corrente — por exemplo, para a carcaça de um equipamento, para uma pessoa (risco de choque elétrico) ou para o aterramento — o IDR detecta essa diferença, que normalmente é muito pequena (ex.: 30 mA em instalações residenciais) e desarma automaticamente, interrompendo o fornecimento de energia.
> Portanto, o IDR não mede tensão. Seu funcionamento é baseado no princípio da detecção de corrente de fuga, utilizando sensores de corrente (geralmente transformadores de corrente do tipo toroide) que monitoram o equilíbrio entre as correntes de ida (fases) e volta (neutro).
= Como funciona, tecnicamente?
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A corrente elétrica que entra no QDC, passando pelo IDR, circula pelas fases e retorna pelo neutro.
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Dentro do IDR há um sensor (núcleo magnético toroidal) que monitora continuamente se a soma vetorial das correntes é igual a zero.
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Se houver uma diferença — o que indica uma fuga — o IDR detecta essa anomalia e abre o circuito, protegendo contra choques elétricos e riscos de incêndio.
> Atenção:
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O IDR não protege contra sobrecarga e não protege contra curto-circuito. Para isso, são necessários os disjuntores termomagnéticos que geralmente estão instalados no mesmo QDC.
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O IDR e o disjuntor termomagnético são dispositivos complementares na proteção elétrica.
= Referências técnicas recomendadas:
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NBR 5410:2004 — Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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PRADO, Newton C. Braga. Instalações Elétricas. 3. ed. São Paulo: Érica, 2019.
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ELANTEC. Guia Prático de Instalações Elétricas Residenciais. 2. ed. São Paulo: Érica, 2018.
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SIEMENS. Manual Técnico de Proteção Residual. Siemens Brasil, 2017.
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